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Textos publicados por membros da Acade7 Elisa Marques e João Vitor Morel, alunos do C7S que participam do projeto “Correspondentes do jornal O Povo”

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Leia os textos publicados por Elisa Marques e João Vitor Morel, alunos do C7S que participam do projeto “Correspondentes do jornal O Povo”

Elisa Marques e João Morel, alunos do Colégio 7 de Setembro e membros da Acade7, sede Centro – NGS, participam do projeto Correspondentes do Jornal O Povo. Os alunos tomaram posse em abril de 2017 e, durante esse tempo, já elaboraram textos onde transcrevem as experiências e pensamentos sobre a escola e a vida que foram publicados no jornal.

 

Nesta matéria, fizemos o compilado dos conteúdos produzidos pelos setembrinos Elisa Marques e João Vitor Morel, que abordam temáticas com ênfase na leitura, influência da mídia sobre o jovem, férias escolares, corrupção no Brasil para você conferir.

 

O que é o projeto “Correspondentes do jornal O Povo”?

 

O projeto visa desenvolver nos alunos a capacidade de crítica e de análise por meio da atividade jornalística, tendo a comunicação como aliada no processo de cidadania. O projeto é direcionado a jovens do 9º ano e teve 102 estudantes selecionados de 39 escolas públicas e privadas de Fortaleza.

 

Textos da Elisa Marques

 

1º Correspondente, eu?

O Correspondentes do jornal O Povo é um projeto que dá voz a jovens do 9° ano que transcrevem experiências e pensamentos, sobre a escola ou a vida, para serem publicados no jornal. Nesse caso, cá estou eu. Escolhida, eu? Foi mais ou menos a primeira frase que me veio a mente quando me deram a notícia. Portanto, quando me convidaram para a cerimônia de posse ainda não tinha caído a ficha.  Já tinha ouvido falar do projeto, mas não criei expectativas, eu pensava: “Comunicação não é minha área”.

 

E  agora, vivendo a experiência de escrever meu primeiro texto para a coluna, decidi me libertar para novas possibilidades e  novos objetivos. A quantos jovens esse maravilhoso projeto não vai ajudar a descobrir uma vocação?   A Posse dos Correspondentes 2017 que ocorreu dia 20/04 (quinta feira) foi surreal. Quero dar meus parabéns a todos os 132 escolhidos.   Mas, junto com esse título vem um pacote de responsabilidades e compromissos que contam com toda a nossa maturidade. Pelo menos pra mim, o projeto do jornal O Povo é muito desafiador, mas também é muito gratificante. Tenho certeza que todos darão seu máximo e se sairão muito bem!

 

2º Sei lá

 

Sei que a noite é formidável

Sei que é em sua quietude

Sei que meus pensamentos voam

Sei que para um ser escoam

Sei que é inevitável

Tamanha sua magnitude.

Sei, também, o meu ser

Que no seu, não se encontra

Sei que o que há por conhecer

É tudo aquilo que me afronta

Sei, porém, o não saber

Sei lá

Esperar é o que me resta.

 

3º Despedida

 

Transforma meu mundo

Juras paixão

Porém, acho que confundo

O que é delírio o que é razão

Pensas que pode chegar

Fazer o que queres do meu coração

Depois ir para além do mar

Partindo sem hesitação

Vai e demora

Com a solidão é que fico

Feliz por ti embora

Vai e retornas

Mas, por favor, promete

Na distância, não te transformas.

 

4º Acade7: a leitura como, além de uma paixão, um compromisso

 

Ler requer dedicação, compromisso, é essencial e prazeroso. Por isso, na minha escola, existe a Acade7 (academia de letras dos estudantes do 7 de Setembro) que é como um clube do livro aonde compartilhamos experiências literárias e textos. Na sexta-feira, dia 5/05, ocorreu a segunda reunião da acade7 neste ano, aonde o renomado professor Ednilo Soárez apresentou uma pequena palestra sobre como alcançar a felicidade, com base no livro “O jeito Harvard de ser feliz”.

 

Na apresentação, ele citou a sua definição favorita de felicidade como “a presença de prazer e a ausência de sofrimento”. Em seguida, ouve a eleição dos novos integrantes da diretoria da academia, que foi introduzida pelas palavras da antiga presidente aos novos membros. A diretoria é composta de quatro cargos exercidos completamente por alunos, desta vez todos do 9° ano. No final da votação, deu-se ainda a reafirmação do espírito poético do grupo por meio de algumas citações e então os membros foram presenteados da melhor forma possível: uma distribuição de livros para encerrar o encontro.

5º Para fazer história

 

O professor de pé, explicando, até que um aluno levanta a mão e pergunta: “Para que eu vou usar isso na minha vida?”. Uma cena assim é muito comum durante aulas de Matemática, Física e até de Português. Claro, sempre é deixada explícita a importância de tudo aquilo que é ensinado, no entanto, é bastante raro uma aula de História trazer essa dúvida.Por que será isso? Quase ninguém precisa escutar de um professor para saber o quão importante é, para o senso crítico, o estudo daquilo que representa a identidade cultural e histórica de vários povos. Não estudamos a história meramente para saber o que se passou, mas também para entender o presente.

 

É essencial para aprendermos com os nossos erros, com as falhas da humanidade, e fazer mais para construir um futuro melhor. A função da escola é não só preparar a mão de obra para o mercado de trabalho, mas também garantir que todo cidadão entenda a vida civil e o funcionamento do mundo. Diante da atual incerteza da presença integral disciplina de História na BNCC, é preciso ter uma coisa em mente: Realmente nos beneficiaria? Uma reforma é necessária, mas não nesses termos.

 

6º A pior parte das férias: O fim

 

Na minha opinião, as férias escolares são momentos bastante desejados e esperados, são essenciais até para manter o rendimento escolar e sempre criam expectativas muito maiores do que a realidade. Quando o período de recesso se aproxima, a eletrizante sensação de acesso a um leque de planos, que vão desde não fazer absolutamente nada a tudo que quisermos, se apodera de nós e nos faz esquecer de algumas obrigações que nos perseguem até fora do período escolar, tarefas domésticas, aulas extras, recuperação…

 

Além de várias outras coisas que deixamos para fazer nas férias e, com raras exceções, quase nunca terminamos. Penso que, a ilusão de ter todo o tempo do mundo nos faz deixar sempre para depois o que podíamos fazer agora e nos faz esquecer que esse tempo também acaba. Chega a última semana de férias e a saudade dos amigos se mescla com a “depressão pré aula”, a realidade das aulas nos choca diante de sua proximidade e a lista de coisas para fazer nas férias seguintes aumenta…

 

7º A influência da mídia sobre o jovem

 

A fase do desenvolvimento humano na qual ocorrem as maiores mudanças de opiniões, contradições e reafirmação pessoal com o intento de se projetar socialmente é a adolescência, a fase dos extremos. O contexto socioeconômico mundial atual, de globalização extremamente midiática, dita para os jovens diversas regras de comportamento para alcançar a tão desejada aceitação social. A mídia de hoje cria uma geração com uma noção de felicidade distorcida e fadada ao materialismo sem que ela própria mal perceba, e uma sociedade que ,se percebe, ignora.

 

Os meios de comunicação cada vez mais rápidos e persuasivos utilizam diversas estratégias de marketing para cultuar o modismo, o consumismo, o padrão de corpo e até de posicionamento político ideal. Um jovem o qual, com a idade, acaba de adquirir um pouco de liberdade e Independência, sem saber o que fazer com ela, é o alvo perfeito para essas estratégias de manipulação. Além disso, os adolescentes são os mais impactados, devido a sua íntima relação com as tecnologias e as redes sociais. Tudo isso leva a atual situação de convivência entre os jovens, a qual exige uma constante renovação e consumo de bens materiais.

 

Essa “Geração Coca-Cola” está esquecendo a felicidade simples e humilde, e todos deveriam, na verdade, estar lutando contra tal influência exacerbada. Permitir ao adolescente a chance de ter voz e dar vazão as suas opiniões é uma ótima forma de combatê-la.

 

Textos do João Vitor Morel

 

O Samurai Vermelho

 

Veio do meio natural
Do seu empenho mais banal
No infinito de um mar de almas
Ele é só mais um
No purgatório em busca da calma

A opressão é diária
Vivem na escravidão da máquina
Sua dívida é uma integral
No mundo do capital

Mas eis que surge um nome
Que de justiça e igualdade tem fome

Com a força do povo a elite sofre
Nas mãos do mestre dos nove
Salve o samurai vermelho
Que traz mudança no peito

 

Corrupção no Brasil: Uma Cultura Antiga

 

No Brasil, a atual conjuntura política é resultado de uma série de complicações e fraudes que vêm desde o período colonial, por incrível que pareça. Já no século XVI, por exemplo, o governo português, apelou à concessão de cargos políticos entre outros para aqueles que aceitassem ir à nova terra descoberta explorar suas riquezas, pois muitos não queriam deixar o conforto da corte em troca de simples aventuras ultramarinas. Naquela época, pagamento de propina era legítimo.

 

Dessa forma, as pessoas começaram a se familiarizar com essa situação, utilizando a promoção para beneficiar-se, além de amigos e familiares. Essa prática continuou por séculos, até mesmo com a proclamação da Independência, em 1822. Hoje a situação não é muito diferente: vemos políticos de altos cargos, como presidentes, senadores,deputados, entre outros, envolvidos em escândalos de corrupção movidos por um jogo de interesses; ou até outros casos de os quais estão sendo investigados na Operação Lava-Jato.

 

Sendo assim, vê-se que a corrupção instaurou suas raízes muito cedo na cultura brasileira; e a única forma de mudar uma cultura, é por meio da educação, de uma consciência política dos jovens, ensinando valores éticos e morais.

 

Demolição

 

Conhecimento é claro,
A noite é escura.
O branco é sábio,
A negritude perdura.

Desigualdade social, poucos brancos são atingidos,
Negros, os mais vividos, são os menos ouvidos.
O branco, o drama sofisticado, de quem pode comprar,
O negro, o drama marcado de quem pode chorar.

Em 1888, o país mostrou o seu racismo disfarçado.
Os negros foram libertos da escravidão e postos à própria sorte.
Sem auxílio nenhum, com a vida nas mãos do Deus Zumbi,
De educação, saúde, os seus palmares eram desprovidos.

O racismo é escuro,
O preconceito é claro.
O branco criou novos muros,
O negro continua acorrentado

 

Um Mundo Imaginário

 

Quando analiso as imagens,

Tudo o que vejo são pixels.

Pixels de pessoas imaginárias,

Que um dia foram reais,

E estão a postar fotos,

Para pessoas também imaginárias.

 

Habitantes de um mundo virtual cheio de carências.

Um mundo que valores reais não tem.

Onde a maior das “virtudes” é a aparência.

Onde o que importa é como os outros te veem.

 

O que farei eu, então,

Nesse mundo superficial,

De pessoas imaginárias?

Já sei, serei um “i” filosófico.

 

A Semana 7 de Setembro 

 

No Colégio 7 de Setembro, existe um período do mês de setembro no qual os alunos não têm aula: a semana 7, a primeira do mês. Ela faz jus ao nome da escola e é repleta de atividades extracurriculares, como a Amostra Cultural, aonde os alunos preparam trabalhos sobre temas definidos e apresentam com pôsteres, fanzines, entre outros, e as olimpíadas, com jogos de basquete, futsal, vôlei etc.

 

Essa semana tem como objetivo fazer com que o aluno vá para a escola mesmo sem aula, para se divertir com os amigos participando dos jogos, torcendo pelas equipes e criando um repertório e conhecimento de mundo amplo com pesquisas para a amostra. Vale ressaltar que a entrada somente é paga para os que vão participar dos jogos olímpicos; para o restante, é gratuita. Eles ocorrerão nas sedes centro e adepta do Colégio 7 de Setembro.

 

Análise do Filme “A Onda”

O filme “A Onda” foi produzido em 1981 e retrata um fato ocorrido na Escola de Palo Alto, na Califórnia, em 1961. Tudo começa quando, na aula de história, a aluna Laurie pergunta ao professor Ross como Hitler matou milhões de judeus e os alemães não viram nada nem souberam de nada. A aula acaba e o professor não sabe como responder sua pergunta.

 

Contudo, quando chega em casa, ele começa á estudar seus livros para buscar algo que o ajude. E ele encontra. No dia seguinte, ele chega em sala e propõe uma organização entre eles, baseada na disciplina e no rigor, tendo os alunos de sentar na cadeira com uma postura ereta e responder às suas perguntas rápida, clara e diretamente, entre outras exigências.

 

Os alunos adoraram a ideia e o professor criou a “Onda”. Porém, o que os alunos não sabiam, pois estavam fascinados, é que estavam participando de uma organização fascista. Isso demonstra que ele conseguiu responder a aluna, mostrando o quão fascinante e sútil pode se apresentar o fascismo. As pessoas são manipuladas de modo a acreditar em ideais os quais nem mesmo acreditam, pois estão cegas pelo fascínio, este que ocorreu no século 20, na Itália, Alemanha, Espanha e Portugal.

 

Correspondentes O Povo participam de Oficina de Escrita e conhecem a Redação do Jornal

Nesta terça-feira, 9 de maio, alunos participantes do projeto Correspondentes O Povo, o qual promove a melhoria da habilidade de escrita por meio da publicação de textos semanalmente, entre outras atividades, reúnem-se em oficina de escrita e conhecem como o jornal é produzido (textos, imagens etc.).

 

Na oficina puderam aprender sobre gêneros de textos jornalísticos, tais como: crônica, artigo de opinião, notícia, nota e reportagem. Também tiraram dúvidas de como escrever seu texto, como escolher o gênero, enfim, como organizá-lo da melhor maneira possível. Tudo foi devidamente ministrado pela repórter do Jornal O Povo, Isabel Costa.

 

Outrossim, os alunos conheceram a redação do jornal, conversando com os responsáveis pela arte, pela impressão de imagens, alguns articulistas. Também visitaram a rádio do jornal, FM 95.5 e tiveram uma participação especial durante a exibição do programa “Papo de Mulher”.


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